Você conhece o Seu Pedro Balaieiro? Uma lenda viva do nordeste brasileiro,

artesão com reconhecimento nacional e internacional. Hoje é um mestre
do mundo em cipó Inbé. 

O Artesão do Cipó inbé.

                  Artesão se destaca com peças de cipó inbé 

Pedro Balaieiro, Pedro Alves da Silva, é filho de uma família de Canindé que se deslocou para a serra a procura de dias melhores, seus pais se estabeleceram na localidade de Rato no interior de Maranguape, foi lá onde ele nasceu em 26 de dezembro de 1926.

         Material em Cipó do Sr. Pedro  

Em 1949, veio para o município de Pacoti para trabalhar como agricultor no Sítio Arvoredo do Tasso Jereissati.

Logo casou-se com Maria Noelia Alves de Lima de família tradicional de Pernambuquinho, distrito de Guaramiranga, onde passou a residir.

Apesar de agricultor e mexer com a enxada, ele gostava mesmo era do artesanato, sua verdadeira vocação.

Em 1953, Sr. Pedro aprendeu a fabricar cestos e balaio com a raiz do cipó inbé, para uso próprio e também para alguns sitiantes para armazenar chuchus e cafés, certo dia, recebeu uma encomenda de 10 mil balaios. Daí por diante não parou mais, pelo contrário, só aprimorou sua arte.

Após esse primeiro pedido, Mestre Pedro abandonou definitivamente a agricultura e passou a vender seus balaios na feira de Pacoti e a ser conhecido como “balaieiro”.

Em 1958, o artesão passou a trabalhar também para a empresa Ypióca cobrindo as garrafas de aguardente. Esta experiência permitiu a aquisição de maior habilidade com a matéria-prima, de modo que o mesmo passou a produzir outras peças, que não fossem balaios, e que eram voltadas principalmente para os turistas da região.

Então iniciou a confecção de vários  produtos como chapéus, abanos, cobridores de bolo e pães, cestos, abajures, porta-ovos no formato de galinhas, cortinas, luminárias, brincos, colares e terços, dentre outras peças. 

Hoje ele se orgulha em dizer que sua fama chegou longe, em outros Estados e até fora do Brasil.

Ele é reconhecido em toda a região da Serra de Guaramiranga e já ganhou do governo do Estado o título de mestre da cultura para repassar seu conhecimento aos outros artesãos, em Guaramiranga ganhou o título de cidadão honorário do município pela lei 235/2011.

Seus produtos são quase todos levados para a CEART - Central de Artesanato do Ceará e ocasionalmente vende suas peças na própria cidade, em barracas montadas nas proximidades de hotéis de Pacoti e Guaramiranga. Seu filho Francisco, por exemplo, expõe em Pacoti no Chalé Nosso Sítio e o outro Cícero, expõe na Praça de Guaramiranga.

Uma nova geração de artesões em cipó está nascendo

                                                                        Francisco Cícero Alves 

Uma satisfação para Sr. Pedro Balaieiro é ver que seu ofício está passando de geração em geração. “Fico muito feliz em ver que tenho dois filhos que seguiram a profissão de artesão e os netos também estão começando a trabalhar na mesma atividade”, destaca o artesão.

Um dos filhos, Francisco Cícero Alves, trabalha com artesanato desde os 13 anos e aprendeu e aperfeiçoou a arte do seu pai, ele fabrica as mesmas peças, mas em miniatura, é a nanotecnologia do cipó.

O outro filho, Francisco Alves, trabalha com seus mesmos produtos e atende a clientela em Pacoti, em um quiosque do Chalé Nosso Sítio e também aprendeu com o pai a profissão, inclusive a arte de comercializar seus produtos.

 Mestre Pedro - Guaramiranga

(85) 8654.8098

Francisco Cícero Alves

(85) 8722.3196

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