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OSense O-Sense

 Você sabe onde se fazia antigamente as urnas funerárias de quem morria em Guaramiranga, Pacoti e região? Claro naquela época os menos afortunados se enterravam em redes.

Neste lugar, nas décadas dos anos de mil e novecentos, era o local onde se comprava os tecidos para fazerem as roupas para debutar nos grandes bailes sociais de Guaramiranga, que por sinal em sua grande parte eram realizados também ali.

Foi também neste lugar onde se registravam todas as pessoas que nasciam, morriam e se casavam nos distritos de Guaramiranga. Já sabe onde é?

Por incrível que pareça este local se chama VILA FORQUILHA.

 

 

 

 

 

A História da Vila de Forquilha 

 

 

 

A localidade de Forquilha é tão antiga quanto imaginamos, nos anos de 1856 já tínhamos notícias de sua existência, onde hoje é o local, existia naquela época o roçado e depois Sitio Forquilha de propriedade de Dona Maria Italiana (Rosa Maria Tortarelli de Almeida), dona das terras que iam de toda a estrada que liga Pernambuquinho ao roçado de Forquilha, se estendendo pela estrada indo pela Cana Seca até os Pilões.

 

Maria Italiana, viúva do Major Raimundo de Almeida Barreto, era uma senhora dinâmica, incansável, que administrava suas propriedades com dinamismo, tipo mulher-homem, ativa e destemida que escarranchada ora numa sela, ora numa cangalha, ia a Baturité, de dia ou de noite, armada de revólver, para negociar os produtos do seu sítio na mercearia de sua filha, Dona Maroca Nogueira (Maria de Almeida Barreto), casada com Antônio Nogueira Lima, Juiz de Paz de Baturité e descendente da família italiana Limongi


 

 

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Maroca Almeida e Filhos, Naíde(2anos), Jacyra(5anos), Moacir(4anos)

e Raimundo(6meses), Antônio ainda não tinha nascido( Foto de 1911)


 

Seus produtos como Aguardente, Rapadura, Batida, Arroz, Café eram considerados uns dos melhores do estado sendo apreciados em todo ceará e até em outros estados.

Após a morte de Dona Maria Italiana, ocorrido em 1926, seu bens foram divididos entre os filhos, sendo que o Sítio Forquilha ficou parte com Raimundo de Almeida Filho, que morava no Cafundó, e a outra parte com Dona Maroca Almeida, já residente na Vila Forquilha.

Os filhos de Dona Maroca, Jacyra e Raimundo logo cedo foram morar na capital, Dona Naíde de Almeida casou-se com o oficial reformado Sr. Zeca Costa e abriu a bodega mais tradicional do lugar, Antônio Nogueira (da Missa), fixou residência primeiramente no Pernambuquinho, em frente ao  seu tio Benjamin Almeida e depois na Forquilha,  onde abriu comércio, onde até hoje vive sua filha, Jacira Lima.

Raimundo de Almeida Filho ficou até por volta de 1930 quando se separou da esposa e foi embora para Umarizeira, Maranguape.

Após a sua saída da Forquilha, parte das suas terras foram vendidas ao Sr. Antônio Teixeira de Farias e o restante ficaram com Sr. Nascimento Almeida como pagamento de dívidas de comércio, e que posteriormente as vendeu em pedaços  para  Raimundo Bezerra, Raimundo Silvério, Chico Inácio Queiroz, Chico Farias, João Calisto, entre outros.

 

 

O descendente mais famoso de Dona Maria Italiana

 

 

 
ÁRVORE GENEALÓGICA DE DONA MARIA ITALIANA

 

 

Major Raimundo de Almeida Barreto c/c Rosa Maria de Almeida (D. Maria Italiana) tiveram os seguintes filhos:

  1. José de Almeida Barreto (falecido em Umarizeira em Maranguape). 

  2. Quikina(Carlota Joaquina de Almeida casada com Manoel Simplício de Barros, vereador de Maranguape por várias legislaturas na década de 1920/30) - Umarizeira - Maranguape.

    a. Zeneida Almeida de Barros, casou com JOSÉ JÚLIO DA PONTE (11 filhos: Maria do Carmo, Flávio Ponte( Jornalista ), José Julio, Banward, Idelvar, Alan, Helder, Hider, Oriane, Sérgio e Sebastião. a.Manoel Simplício de Barros Filho pai de  Manoel Simplício de Barros Neto (Jornalista Alan Neto)

  3. (Cazuza) José de Almeida Barreto

  4. Raimundo de Almeida Filho casado com a Prof. Maria Rodrigues de Carvalho (Município de Granja)

  5.      a . Margarida Almeida

    a  José Almeida

  6. Salvador de Almeida Barreto casado com Maria Amélia (Maroca) herdou a fazenda Belizes calábria em Campos Belos(Caridade)

  7. Benjamim de Almeida Barreto casado com Ana Carneiro tiveram os seguintes filhos:

  8. Francisco Borja Carneiro de Almeida casado com Maria Violeta Baptista  

    • Nazareno casado com Helena Lucas

    • João Bosco Carneiro de Almeida   

  9. Maroca(Maria de Almeida Barreto casada com Antônio Nogueira Lima (Ipú) tiveram os seguintes filhos: Naíde (casa com Zeca Costa) Antônio Gutenberg de Almeida Lima casado com Antônia Menezes de Lima, Jacyra, Raimundo e Moacir (falecido novo).






Seu Raimundo Lopes Bezerra, o centro político e cultural da Forquilha e o proprietário do Cartório local.

 


Seu Raimundo Lopes Bezerra era dono da principal mercearia da localidade e da loja de tecido São Luiz, era também o Guarda Livro(Contador) e Tabelião de Registro Civil, homem religioso, intelectual e de vasto saber, por conta disso, seu comércio na Forquilha era um centro político onde ilustres homens da época se encontravam e ali discutiam sobre fatos importantes e tomavam decisões políticas sobre o Município de Guaramiranga.


Eram figuras presentes, o Sr. José Gentil Ferreira Lima, Ex- vereador e Juiz de paz de Guaramiranga, onde toda semana realiza os casamentos no cartório, Ademar Queiroz, Ex-Prefeito, Agenor Costa, Ex-Vereador e Vice-Prefeito, Fernando Gomes da Silva, Ex-Vereador e Vice-Prefeito, Flávio César de Holanda, Ex-Prefeito, Gerardo Lopes Bezerra, Ex-Vereador, Francisco Farias Filho (Fariinha) ex-Vereador e duas vezes Prefeito de Guaramiranga, entre outros.


O Cartório


O Cartório de Registro Civil de Pernambuquinho foi fundado por volta de 1889, provavelmente pela família de Dona Maria Italiana, e funcionou na Forquilha por muito tempo, em 1929, mudou de prédio e de dono, passou para o tabelionato do Sr. Raimundo Lopes Bezerra e sua esposa Ideuza Santana Bezerra e tinha como escrivã Dona Neuza Bezerra esposa do Sr. José Maria Gomes.

 

 

Raimundo Lopes Bezerra e sua esposa Ideuza Santana Bezerra 

 

 


Com a mudança o cartório passou a funcionar no prédio anexo a loja de tecido São Luiz, onde hoje é de propriedade de José Manoel Costa, onde funciona o Mercantil, foi lá também onde funcionou a primeira Padaria da região, de propriedade do senhor José Coelho e Artur Barbosa Bezerra, considerados os primeiros habitantes da Vila Forquilha, juntamente com Firmino Antônio Junior e Marcos Jerônimo.


Em agosto de 1970, com a aposentadoria do Seu Raimundo, o cartório se transferiu para Pernambuquinho, e ficou sob o tabelionato de sua sobrinha, Aurileide Castelo Bezerra, até abril de 1975 quando foi transferido para Pacoti.


Algum tempo depois o Cartório retornou para Guaramiranga, onde funciona até hoje sob o tabelionato de Maria Violeta Baptista, viúva de Francisco Borja Carneiro de Almeida(Neto de Dona Maria Italiana).

Uma orientação do Conselho Nacional de Justiça está exigindo que o Cartório volte a funcionar no Distrito de Pernambuquinho, fato este que seria o resgate de nossa história.

 

Sr. Nascimento Almeida



Por volta de 1919, chega a Vila Forquilha o homem que viria a transformar o lugar, Sr. Nascimento (Francisco Nascimento Almeida), ex-seminarista, cidadão trabalhador, apesar de ser uma pessoa humilde, aprendeu vários ofícios e tinha muitos conhecimentos adquiridos por vários anos no convento dos frades capuchinhos em Canindé.

 

 

 

                                  NASCIMENTO ALMEIDA E FAMÍLIA EM VILA FORQUILHA


Ele veio morar na serra e trabalhar como pedreiro/carpinteiro, a convite do Sr. João Matias, proprietário do Sítio Boa Esperança e amigo do seu pai, FELIPPE DIAS DE ALMEIDA, natural de São Domingos, no município de Caridade, com passagens por Trapiá (Maranguape).


Além de amigo, João Matias era padrinho de sua filha Izaura (Francisca Dias de Almeida), que também fixou residência na serra, após casar com o Sr. Pedro Lucas, por volta de 1923, e fixou residência no Sítio Augustinho, onde vivem até hoje parte dos seus descendentes.


Após casar-se com Dona Cota(Maria Farias da Silva), Sr. Nascimento passou a residir na Forquilha e exercer diversas profissões, como relojoeiro, sapateiro, serralheiro, montou padaria e açougue, fazia diversos tipos de móveis, inclusive urnas funerárias, era exímio aplicador de injeções e possuía um mini laboratório onde fazia exames de sangue, fezes e urina, primeiro e único, até hoje, no Maciço da Serra de Guaramiranga.


Logo a Forquilha passou a ser sinônimo de Seu Nascimento, quando se precisava de qualquer coisa na região se dizia, vai lá na Forquilha que o seu Nascimento tem.


Era comum pessoas virem de longe para que Seu Nascimento aplicasse injeções, quando alguém morria, logo a família corria até a Forquilha para que ele fizesse o caixão.


Ele comprou as terras que iam dos Medinas, no caminho do Guarajá até a casa do Raimundo Silvério, incluindo o hoje conjunto pôr do sol.


Seu cunhado e parceiro nos ofícios, Vicente Dedé, era proprietário das terras do outro lado, entre o Restaurante do Sr. Chico Pereira, vizinho ao Cartório, até as terras do Sr. João Gomes.


Sr. Nascimento e Vicente Dedé, eram os únicos pedreiros do lugar e construíram quase todas casas que ainda hoje formam a Vila Forquilha.

 

 

                             Vicente Dedé 

 


Seu outro cunhado, Jacinto Farias, era o único barbeiro do lugar, isso perdurou até o seu falecimento e a chegada do seu Chiquinho Valentim que comprou do Vicente Dedé uma casinha de taipa e montou a barbearia, que foi por muitos anos a mais conhecida da região; Interessante esta negociação para os tempos de hoje, a casinha foi trocada com Vicente Dedé, nesta época já comerciante nos Sítio Pilões, por uma cela, uma cangalha e uma trança de alho.

No local hoje funciona uma padaria no prédio alugado por sua filha Graça Valentim.

 

Forquilha um grande Centro Comercial, Esportivo e de Entretenimento de Guaramiranga


Com a construção da estrada Guaramiranga a Pernambuquinho e posteriormente da estrada da Pendanga, abriram-se novos horizontes para o município de Guaramiranga pois antes não possuíamos estradas para o Sertão de Canindé/Caridade e o acesso se dava, para os que não queriam se deslocar até Aratuba, por dois íngremes caminhos, a Ladeira do Monteiro, com acesso pelo Sítio de Fora e a Ladeira do Miguelão, com acesso pela atual Linha da Serra.

 

 

                                     VILA FORQUILHA 


Por ser o encontro destas duas importantes estradas a Vila Forquilha passou ser o centro aglutinador dos trabalhadores da obra da Pendanga, a estrada que iniciava no Sítio Lagoa (recém-adquirida por Francisco Alves Linhares) passando por toda a extensão das Fazendas São Vicente e Santo Antônio, de propriedade de Menezes Pimentel (uma adquirida e a outra recebida em legado de Libânia de Holanda) e que deveria ter como mão-de-obra prioritária aqueles fugitivos das secas.


O sistema passou a funcionar na base do fornecimento, isto é, os operários, subiam a serra paulatinamente conforme o estado da obra, e que logo foram apelidados pelos serranos de “cassacos”, pelo mau cheiro de suor e sua pouca vontade de uso do banho, eram também forçados a comprarem seus mantimentos aos comerciantes recrutados pelas lideranças políticas, que vendiam fiado para receber na chegada do pagamento.


Seu Nascimento, foi o fornecedor de gêneros por toda a extensão da estrada, isto por convite do próprio Dr. Menezes Pimentel, governador do estado à época.


As Lojas de Tecido


Forquilha foi um dos poucos lugares da serra onde possuía comércio de tecidos, já no início do século passado foi inaugurado a sua primeira loja, de propriedade do Sr. Isac Ramos Neto, que ficava em um prédio vizinho a Sapataria do Sr. Nilo Gomes e oficina do Danilo (Sapateiro do lugar).


Após a saída do Sr. Isac Neto, o Sr. Raimundo Carloto, grande sanfoneiro da região, alugou o prédio do Seu Nascimento, onde funcionou por muito tempo a cadeia da Forquilha e abriu sua loja de tecido, que infelizmente durou pouco tempo, com a sua saída por volta de 1947, Agenor Costa, seu parente, abre sua loja onde antes era o comércio do Raimundo Bezerra e comercializa seus tecidos até que a concorrência das grandes lojas e as facilidades de transporte e compras em outros lugares, como Baturité e Fortaleza, inviabilizaram o negócio, no local passou a funcionar a Mercearia do Sr. José Moisés de Melo, genro do João Calisto.


Salões de Dança


Nesta época, ficou famoso os grandes bailes e festas realizadas no lugar, inicialmente promovidas pelo Seu Nascimento, onde a presença de figuras da alta sociedade era cativa, Rodrigo de Argollo Caracas, desembargadora Huguette Braquehais, José Gentil Ferreira Lima, Juiz de Paz, o Governador Menezes Pimentel, entre outros.

 

 

Huguette Braquehais


Com o tempo as festas continuaram, agora nos salões do Chico Farias, pai do Ex-vereador e duas vezes Prefeito de Guaramiranga, conhecido carinhosamente de Fariinha e depois com João Calixto grande comerciante da Forquilha e pai do Vereador José dos Santos Calisto.


Nestas festas tivemos a revelação de grandes músicos locais como os Necos, Manoel e Vicente, e o grande sanfoneiro Zé Valentim, famoso em toda a região da serra.



A Radiadora do Orlando


Por volta de 1940, chegou na Forquilha, o caixeiro viajante, Sr. José Pereira de Andrade, entre os seus negócios veio uma grande novidade, uma radiadora, que logo virou uma febre na região, era deslocada para todas as festas da região, Pernambuquinho, Botija, Agostinho, Pacoti, etc.

 

 


Orlando Almeida, que na época, era em parceria com Fariinha, Noel, Joãozinho Caracas, os grandes promotores de eventos locais, tratou logo de comprar a radiadora, fez negócio onde cedeu, por um ano, a sua sala de jogos e roletas da Forquilha.


A Radiadora ficou cativa na Vila Forquilha e funcionando no seu Bar sob o comando do Borges(Francisco Borja Carneiro de Almeida) e era instrumento de mensagens que anunciavam, além dos eventos esportivos e políticas, troca de intenções entre casais apaixonados, onde se mandava mensagens para seus namorados ou pretendentes.


Com a morte prematura de Orlando, seu primo fariinha, juntamente com seu genro, José Wilson (José de Souza Costa ), comerciante na Forquilha, continuaram com a tradição da radiadora que perdurou por um bom tempo animando as festas das padroeiras, e ainda persiste até os dias de hoje, com a radiadora do Sr. Paulo Bastos, em Pernambuquinho.


Eventos Esportivos


Forquilha já era famosa por suas cavalhadas que acontecia aos fins de semana onde cavaleiros marchavam vindos do Guarajá chegando a Forquilha onde estavam colocadas argolas enfeitadas com fitas numa trave. Os cavaleiros deveriam retirar a argola com a ponta de uma lança, no momento em que o cavalo passar a galope embaixo do poste.

Em seguida vinham as escaramuças, que exigem muita habilidade por parte dos cavaleiros. Eles deveriam espetar com suas lanças, durante a veloz corrida a cavalo, máscaras que giram em um pino; projetam estas sobre o cavaleiro determinado peso, que poderá atingi-lo se ele não escapar a tempo.


Com a chegada do Sr. Chico Farias, que montou comércio no Guarajá e depois na Forquilha, os eventos esportivos tiveram um salto e ficaram famosos em toda a região, as corridas de cavalos (Prados) do Guarajá para a Lagoa passaram a serem realizadas em dias que não havia cavalhadas, seu filho fariinha e outros jovens construíram o campo de futebol em frente a mercearia e tornaram famosas as partidas de futebol de campo.

 

 

 

                                    Borja, um dos mais talentosos homens da serra 


Era do rádio que vinha as novidades da época, é da radiadora que soavam os eventos locais, foi ali que surgiu as primeiras transmissões de jogos de futebol, Orlando Almeida, filho do Sr. Nascimento, e Borges Almeida(Francisco Borja Carneiro de Almeida), filho do Benjamin e neto da Dona Maria Italiana, comandaram este primeiro evento radiofônico da história de Guaramiranga, onde de dentro da Mercearia do Chico Farias, via cabos até a beirada do campo, transmitiram via radiadora, uma grande partida de Futebol de Campo do Guarajá, entre os times de Guaramiranga e de Canindé.


Faziam parte do time da casa, Orlando Almeida, Fariinha, Zequinha Barroso, Zé Maria Gomes, Osmar Farias, Vilmar Farias, Gerardo Bezerra, Jaime Lopes, Edson Viana, Paulo Viana, Farias Santos, Antônio Silva, Zeca Soares, Chico Mariano, Aldeã Almeida, Moacir Silva e Arnon Nobre.

Goleiros - Airton Bezerra e Stenio Teixeira.

 


Outros comerciantes da Vila Forquilha



João Gomes


João Gomes era grande padeiro da região e exímio comerciante, onde todo dia ia a Pacoti comprar pães na padaria do Silveira e distribuir na região, e além disso, era distribuidor das aguardentes produzidas na Cana Brava e na Uruguaiana; foi também o primeiro vendedor de loterias e jogo do bicho da região, era pai do Sr. Fernando Gomes da Silva, Ex-Vereador e Vice-Prefeito de Guaramiranga e de Nilo Gomes dono da saparia da Forquilha.


Raimundo Silvério


Comerciante de gêneros e verduras, toda semana viajava com o caminhoneiro Chico Cândido ou com o Sr. Amarílio (genro do Chico Inácio Queiroz) a Fortaleza, e comprava os produtos para abastecer os comerciantes da Forquilha.

Foi o primeiro a possuir uma vitrola, que foi por muito tempo uma atração em sua casa, onde todos faziam questão de ir ouvir as músicas de sucesso da época, na voz de Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Emilinha, etc.


João Calisto


Comerciante e dono de salão de festas, foi o primeiro a trazer para comercializar em seu Bar, a cerveja, o cigarro e os jogos de sinucas, trazia circos, cinemas e teatros, chegou a possuir três pontos comercias na Forquilha, seu filho José dos Santos foi vereador de Guaramiranga.


Agenor Costa


Começou com uma loja de tecidos que funcionava compartilhada ao comércio do seu irmão José Wilson(José de souza Costa) depois comprou o ponto do Sr. Antenor Queiroz e abriu a sua própria Mercearia, seu irmão por outro lado, passou a negociar no ponto do seu sogro, Chico Farias, ambos foram vereadores e Agenor chegou a ser vice-prefeito de Guaramiranga.

 

 

 

O Conjunto Pôr do Sol e a Capela de Santo Antônio


Em 1996, na gestão do Prefeito Francisco Farias Neto, já no final do seu mandato, Farias procurou atender umas das reivindicações dos moradores da Vila Forquilha, que era resolver o problema da falta de moradia, para isso comprou o terreno do Sr. Agenor Costa para instalação de um Conjunto Habitacional, o seu sucessor, Dráulio Holanda com a ajuda da Associação dos Moradores da Forquilha e dos líderes, Graça Tiburcio, Luciano Cruz, Petona(Francisco José Felipe Jorge) e Dr.  Marcélio, conseguiu a verba e em 1999 construiu o conjunto Pôr do Sol com 40 casas.


Quatro anos depois de inaugurado o conjunto, no ano 2003, a líder comunitária Dona Dolores iniciou um movimento para a construção de uma capela, que posteriormente viria a ser a igreja do Conjunto e a padroeira da Vila Forquilha, isso após anos de glória sem nunca ter possuído uma capela.

 

 

          Capela de Santo Antônio Conjunto Pôr do Sol


A capela de Santo Antônio, feita com ajuda da moradora do lugar, Dona Salomé, esposa do promotor Dr. Evilásio Vieira, e com a contribuição de toda a comunidade, foi inaugurada, ainda sem altar, em abril de 2004 com a celebração da primeira missa pelo Frei Domingos, justamente para se escolher o lugar onde ficaria o altar.

 

 

                                                                      Cavalgada na Vila Forquilha 

 

Esta é a história da Vila Forquilha, que já teve seus dias de fama e hoje é um lugar calmo, algo que nem de longe lembra seus antepassados e que seus jovens habitantes jamais imaginariam tantas glórias. 

 

 

 

Agradecimentos:

Agradecemos a colaboração de algumas pessoas que passaram informações úteis para refazer a história, especialmente a Zequinha Barroso, Norma Almeida, Graça Bezerra, Maria José Viana, Paulo Viana, Mimosa Farias, Dona Violeta, Flávio Melo e Dr. Marcélio Farias. 

 


 

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